Através do projeto “Cultura Infância e Natureza: educação a favor da vida”, a Associação Sabiá colaborou com o fortalecimento da preservação ambiental na região de Santo Antônio do Pinhal (SP), favorecendo a conscientização dos cidadãos e educadores formais e informais do município (em sua maioria, moradores de áreas rurais) de sua responsabilidade e do potencial de impacto de seu engajamento ativo, tanto na conservação do meio natural onde estão inseridas quanto na educação de suas crianças.

O projeto realizou encontros de mapeamento participativo e formativo para educadores formais e informais do município, buscando nutrir uma compreensão mais aprofundada sobre a primeira infância e sua importância para a formação humana, contribuir com o fortalecimento das relações entre a comunidade e o território e colaborar para a preservação ambiental na região. Compreendendo como educador todo cidadão consciente do potencial e do impacto formativo de suas atitudes e de seu exemplo vivo, e reconhecendo que estes desempenham um papel fundamental para a formação de base das crianças e para a construção dos vínculos fundamentais entre os cidadãos locais e a natureza onde habitam. Realizamos um trabalho com os educadores formais e informais que atuam e contribuem com a formação dos cidadãos do município. Paralelamente aos encontros para adultos, aconteceram os encontros para crianças que foram compostos pelo brincar livre em ambientes estruturados, brincar livre ao ar livre, expedições em meio ao ambiente natural, musicalização, contação de história, brincadeiras cantadas, oficinas poéticas e produção de brinquedos a partir de elementos naturais. Em momentos dos encontros, aconteceram atividades que integraram os dois grupos.

Santo Antônio do Pinhal encontra-se na Serra da Mantiqueira, numa área onde estão localizadas 10 bacias hidrográficas que abastecem diversos municípios da região. É classificada como estância climática que compõe a APA (Área de Preservação Ambiental) da Mantiqueira mas, mesmo com 7,3% de seu território compondo esta área de preservação, ainda são recorrentes as situações onde a interação dos habitantes com o meio ambiente se dá de maneira a prejudicar os sistemas naturais, especialmente no que diz respeito ao gerenciamento de seus resíduos, manutenção dos recursos hídricos e ao desmatamento local; que atualmente chega a 75% da área total do município. 

Com cerca de 7.000 habitantes e apenas 5% de área urbana, os cidadão das comunidades rurais da cidade representam importantes atores na preservação ambiental e na multiplicação de boas práticas que fomentem estratégias de cuidado e regeneração dos sistemas vivos na biorregião.

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